• 9 junho, 2019

O que a dieta tem a ver com nosso estado de espírito

Alguns tipos de alimento podem melhorar nosso humor e reduzir ansiedade e depressão.

Será que existe alguma verdade no dito “você é o que você come”? O psiquiatra americano Drew Ramsey, professor da Universidade de Columbia, acha que sim.

Autor de livros sobre a relação entre a alimentação e a saúde mental e pioneiro no campo da psiquiatria nutricional, ele argumenta que comer mal é um dos fatores que mais contribuem para a depressão, aponta o The New York Times.

Nesse novo campo da ciência, psiquiatras defendem que as comidas frescas e nutritivas podem, sim, fazer parte de terapias de pacientes com depressão. Afinal, muita gente muda sua dieta para perder peso, controlar os níveis de açúcar no sangue e baixar o colesterol, mas poucas pessoas se preocupam com os alimentos que suprem as necessidades do cérebro.

Um deles, aponta Ramsey, são as ostras, ricas em vitamina B12 (que reduz o encolhimento do cérebro) e em ômega 3 (que, quando falta, aumenta o risco de depressão).

As pesquisas nesse campo ainda são muito recentes. Dois estudos –um feito na Austrália e outro na Nova Zelândia e nos Estados Unidos– mostram que as pessoas que aumentaram seu nível de consumo de frutas e vegetais se disseram mais contentes e mais satisfeitas com a vida do que as que não mudaram sua dieta.

Em 2017, um outro estudo focou particularmente na relação entre mudanças na alimentação e o tratamento contra a depressão. Durante 12 semanas, um grupo de voluntários seguiu a dieta Mediterrânea e recebeu aconselhamento nutricional. Ao final, esse grupo demonstrou melhoras no humor e menor nível de ansiedade se comparado ao grupo que não mudou sua alimentação.

A dieta Mediterrânea, rica em grãos integrais, legumes, frutos do mar e vegetais ricos em fibras, estimula a diversidade das bactérias benéficas no intestino, um fator importante para a produção de neurotransmissores que regulam o humor, como a serotonina.

Por isso, os especialistas nesse campo recomendam caprichar na variedade de alimentos, destacando pimentas, mirtilo, batata doce e tomates entre os que mais têm fitonutrientes que reduzem as inflamações prejudiciais, inclusive no cérebro.

A consultora de alimentação Samantha Elkrief, que trabalha com Ramsey, complementa que não são apenas os alimentos que melhoram nosso bem-estar mental –a nossa atitude perante a comida também conta bastante.

“Ajudo as pessoas a encontrar os alimentos que trazem alegria e bem-estar. Tem a ver com comer mais devagar, com mais atenção, prestando atenção a como você se sente quando come determinados alimentos”, diz.

FONTE: Viva longevidade – Por Redação

Fonte: Flowing